segunda-feira, 14 de março de 2011

PLANEJAR PRA QUE?

Por Adriana Canela e Ana Karla Varela

Planejar faz parte na vivencia humana. Desde cedo buscamos realizar sonhos e concretizar desejos, para isso precisamos tecer estratégias e buscar soluções para chegar aos resultados desejados. Se quisermos passar no vestibular teremos que estudar conteúdos que façam parte do currículo pedido pelas universidades.  Quando se deseja adquirir um emprego, planejamos a forma de nos apresentar, organizar o currículo e apresentar as habilidades que temos condizentes com a profissão que nos propomos a assumir.
Todo planejamento requer objetivos a se alcançar, pois são eles que irão determinar quais os caminhos a se percorrer para atingir os resultados. Propor ações também faz parte do planejamento, pois apresenta as atividades que serão realizadas.
Segundo Menegola e Sant’Anna em seu texto: Porque planejar e como planejar

“planejar o processo educativo é planejar o indefinido, porque educação não é o processo, cujos resultados podem ser totalmente pré-definidos, determinados ou pré-escolhidos, como se fossem produtos de correntes de uma ação puramente mecânica e impensável.”
Falar sobre planejamento é pensar, construir e reconstruir atos, é analisar o que acertamos e o que deixamos de fazer. Essa retrospectiva do que se passou serve de apoio para prever que atitudes tomar para melhorar o processo de ensino aprendizagem dos alunos. Pode parecer bobagem, mas diagnosticar o perfil dos alunos no inicio do ano letivo (com eficiências e deficiências) facilitará as estratégias a serem utilizadas na sala de aula. Exemplo básico é analisar se a maior parte da turma apresenta problemas de leitura e escrita, e isso pode ser feito com um pequeno texto de apresentação, ou ditados de palavras ou perguntas do tipo o que você espera da escola? Da disciplina...? Através da analise de pequenos textos produzidos pelos alunos o professor terá condições subsídios para avaliar a situação dos alunos e da turma.
As idéias que se tem sobre o planejamento são amplamente discutidas nos dias atuais, mas a prática de planejar é uma tarefa que envolve tanto professores quanto diretores e coordenadores pedagógicos, todos os profissionais que fazem parte da educação que estão ligados à escola. Para muitos professores o planejamento ainda é um peso no processo de ensino aprendizagem. Essa descrença no ato de planejar fica clara quando o coordenador pedagógico reserva o espaço para se planejar na escola e a participação efetiva ainda é um dos problemas graves em muitas escolas públicas em nosso País. 
A elaboração do plano escolar ainda para muitos professores é considerado uma perca de tempo. Mas a elaboração de um plano de trabalho serve de roteiro para as atividades planejadas e direciona uma linha de pensamento que poderá ajudar o professor a avaliar sua trajetória como educador e analisar os acertos e erros encontrados durante seu exercício como profissional. Assim, não basta planejar e não utilizar o plano de trabalho é necessário prever os acontecimentos, estar preparado para as modificações e acima de tudo, ser coerente com as ações propostas.  
O coordenador pedagógico tem um papel importante neste processo, pois é o responsável em organizar o tempo necessário para se realizar um planejamento na escola sem perder o foco da atividade. A principal preocupação é adequar o planejamento a realidade do aluno, tornando-o funcional e flexível não perdendo de vista o currículo escolar.
O ato de planejar é, portanto imprescindível para atingirmos o objetivo maior do processo educacional que é de contribuir na formação de sujeitos críticos e autônomos. 



terça-feira, 8 de março de 2011

MULHER HOJE E SEMPRE!

A data já está em nosso calendário, 08 de Março dia Internacional da Mulher. Mas falar sobre e de mulher é algo complicado e difícil, pois não basta ser uma mulher é preciso entender o universo feminino. É preciso ter sensibilidade, admiração, comprometimento e muita renuncia para entender o que é ser Mulher!
Historicamente as mulheres sempre foram alvo de subjugação no universo masculino. Na própria Grécia antiga as mulheres faziam parte dos excluídos juntamente com os escravos e estrangeiros. Elas não tinham direito a cidadania, pois não possuíam direitos jurídicos e eram submetidas à vontade do pai e depois do marido. Viviam isoladas em suas casas e não tinha permissão para sair, seu trabalho destinava-se a tarefas domesticas.  Por meados do século XVII as mulheres de classe social dominante passaram a participar do mercado de trabalho através de atividades filantrópicas, como forma de conseguir sair da isolação do lar. Mas é no século XIX que o movimento feminista trava um luta na sociedade mundial para garantir direitos.
Nos dias atuais a atuação da mulher no mercado de trabalho ainda se dá de forma desigual, pois muitas apesar de fazerem as mesmas tarefas masculinas ainda recebem o seu salário diferenciado dos homens.  Ainda hoje as mulheres são alvo de descriminação onde frases como “lugar de mulher é na cozinha”, “mulher tem que esquentar a barriga no fogão e esfriar na pia”, “Quando uma mulher vai ganhar lugar ao sol? Quando fizerem teto solar na cozinha”, fazem parte de seu cotidiano, por esse motivo ela busca mudar essa visão deturpada de sexo frágil, pois atualmente e durante séculos superou todas as atrocidades com relação a sua posição e condição  de ser... uma MULHER.
Por isso, e outros motivos é que o dia 08 de março não pode ser apenas mais uma data comemorativa em nosso calendário, mas, um espaço para refletir a problemática das minorias e principalmente a  trajetória do papel da mulher na sociedade..

Você sabia que...
·         A cada 15 segundos, uma mulher é agredida no Brasil.
·         O Brasil é um dos países que mais sofre com a violência doméstica: 23% das mulheres brasileiras estão sujeitas a esse tipo de violência.
·         Pelo menos uma em cada três mulheres ao redor do mundo sofre algum tipo de violência durante sua vida.
·         A violência doméstica é a principal causa de morte e deficiência entre mulheres de 16 a 44 anos de idade e mata mais do que câncer e acidentes de trânsito.
·         Cerca de 70% das vítimas de assassinato do sexo feminino foram mortas por seus maridos ou companheiros.
·         A violência contra a mulher atinge indistintamente mulheres de todas as classes sociais, raças e etnias, religiões e culturas.
·         A violência contra a mulher produz conseqüências emocionais devastadoras, muitas vezes irreparáveis, e impactos graves sobre a saúde mental sexual e reprodutiva da mulher.
·         Mais de 40% das ações violentas resultam em lesões corporais graves decorrentes de socos, tapas, chutes, amarramentos, queimaduras, espancamentos e estrangulamentos.
Dados retirados em: 
/http://www.agenciapatriciagalvao.org.br/images/stories/PDF/violencia/cartilhadireitosdamulher_acnur2010.pdf